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Hannie Schaft, a sedutora assassina de nazistas

  • Foto do escritor: Equipe JaulaTech
    Equipe JaulaTech
  • 21 de ago.
  • 3 min de leitura
Hannie Schaft matadora de nazistas
Hannie Schaft

Imagine uma jovem destemida, cabelos ruivos como fogo e coragem de sobra, que se infiltrava nos círculos nazistas para combater o mal de dentro para fora. Essa é a história eletrizante de Hannie Schaft, símbolo da resistência holandesa, cuja vida virou lenda — e pesadelo — para os soldados de Hitler.


De estudante de Direito a heroína rebelde

Nascida em Haarlem em 16 de setembro de 1920, Jannetje Johanna Schaft — ou simplesmente Hannie — cresceu em um lar profundamente influenciado pela justiça social. Estudou Direito na Universidade de Amsterdã, mas, quando os nazistas ocuparam a Holanda, recusou-se a assinar um juramento de lealdade, o que resultou na suspensão dos seus estudos.


Foi quando Hannie decidiu agir: passou a abrigar amigas judias e distribuir panfletos clandestinos. Sua vida jamais seria a mesma.


Em 1943, já fora da universidade, ela se juntou ao Raad van Verzet — o Conselho da Resistência — o grupo mais combativo da luta antissemita. Ao lado das irmãs Truus e Freddie Oversteegen, que já atuavam desde cedo nas ações clandestinas, Hannie intensificou a luta.


A combinação de audácia, fraternidade e beleza juvenil tornava as três armas perigosas em lugares comuns — e insuspeitos. Elas resgatavam crianças judias, forjavam documentos e sabotavam linhas ferroviárias com bombas e dinamite.


Seduzir, trair, resistir

Hannie Schaft matadora de nazistas
Hannie Schaft

Mas o que realmente deixou Hitler em alerta foi o talento dessas jovens para manipular o inimigo. Com pura audácia, seduziam oficiais nazistas em bares e os levavam para a floresta — e lá, eliminavam-os, táticas que se tornaram lendárias.


Hannie não se esquivava de missões perigosas. Preparada e maquiada para parecer imperturbável, mantinha sempre sua arma à mão, pronta para agir — e, de quebra, garantir que morreria com estilo, se fosse o caso.


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Captura, prisão e o fim da chama vermelha

Em março de 1945, durante uma checagem de rotina, Hannie foi presa enquanto transportava documentos clandestinos em sua bicicleta. Sob interrogatórios cruéis, tortura e isolamento, resistiu bravamente — mesmo quando foi reconhecida pelas raízes ruivas de seu cabelo.


Pouco antes da libertação da Holanda, em 17 de abril de 1945, ela foi executada nas dunas de Overveen, em Bloemendaal. Conta-se que, ferida por um primeiro disparo, teria reagido com elegância e cinismo: “Eu atiro melhor!” — mas essa frase é mais poesia do que documento, possivelmente resultado de licenças literárias posteriores.


Os ecos de sua vida se espalharam muito além do seu túmulo — ela foi reenterrada com todas as honras em novembro de 1945, rodeada por figuras reais da política e da monarquia, numa cerimônia da qual participou a rainha Guilhermina.  Suas fotos, histórias, livros e filmes transformaram-na em símbolo. A Cruz Holandesa de Resistência, a Medalha da Liberdade concedida por Eisenhower e o título de Justa entre as Nações, outorgado por Yad Vashem, reconhecem seu legado em múltiplas esferas.



O LEGADO

Memorial de Hannie Schaft o pesadelo de hitler
Memorial de Hannie Schaft

Após a guerra, Hannie foi reenterrada solenemente, em uma cerimônia em novembro de 1945 que teve a presença da rainha Guilhermina. Hoje, escolas, ruas e monumentos mantêm viva a memória dessa jovem que ousou enfrentar o pior com coragem e humanidade.


Anos depois, escritoras e pesquisadoras descobrem novas dimensões: Sophie Poldermans relata como a história de Hannie — especialmente seu compromisso radical com a justiça, mesmo quando isso a açoitava emocionalmente — transformou jovens em porta-vozes da memória, ensinando que agir corretamente requer não apenas força, mas humanidade absoluta.


As irmãs Truus e Freddie sobreviveram ao conflito. Freddie, até seus 92 anos, colaborou com a fundação criada em homenagem à amiga e, em 2014, as duas foram agraciadas com a Cruz de Guerra de Mobilização — reconhecimento tardio, mas justo à luta que travaram.


E, mais do que uma heroína de guerra, Hannie Schaft tornou-se um espelho para cada um de nós: ela nos pergunta, como perguntou a si mesma, até onde estaríamos dispostos a ir por nossos princípios? Até que ponto conseguimos enfrentar o mal sem perder a dignidade? Seu legado nos desafia a olhar para o horror — e ainda assim manter a lucidez e a decisão moral.


Hannie Schaft matadora de nazistas

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